Bota Fora
Tenho escrito muito pouco aqui. De fato muito pouco tem sido merecedor de uma discussão mais detida. Tenho trabalhado como sempre, estudado mais do que nunca em busca do meu doutorado. Mas isso não é interessante. Todo mundo faz isso todo dia e não há grandes aprendizados nisso.
Ontem, contudo, ocorreu algo digno de nota. Estive durante todo o dia estudando para o GMAT e escrevendo minha dissertação. À noite, lá pela meia noite e meia, meus amigos me chamaram para tomar uma cerveja. Como já havia alcançado o estágio de câimbra no cérebro, decidi que deveria tomar uma cervejinha para ajudar a relaxar.
Nada de anormal até a sensação que perpassou a minha noite. O cenário, as pessoas, a música tudo me causava uma sensação de despedida. Um sentimento de distância, de observador, de quem quer gravar na memória aqueles momentos porque sabe que não se repetirão mais. Despedida da vida de Brasília, dos lugares daqui. Dos amigos não, sei que caminharemos juntos por muito tempo ainda. Um jeito de ver o mundo como se tudo fosse um espetáculo planejado.
Tudo isso quer dizer que a minha despedida começou, que empreender a próxima viagem é inevitável. Devo, enfim, abrir um novo caminho no ano que se aproxima.