segunda-feira, fevereiro 05, 2007

na altitude

“We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed, by their Creator, with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty, and the pursuit of Happiness.”


Na altitude, navegando no grandessíssimo avião do planalto, passeia um pequeno que acabou de vencer. O júbilo quase rascunhou umas chamas luminosas em seus olhos. Mas por ora, e com fé que seja só por ora, esse par âmbar que atravessa o espelho está vermelho e molhado.
Um dia desses o menino tropeçou em um cesto todo colorido, e fez amiga nova. Raridade boa. E com muito vermelho, ela lhe contou um sem-número de cores que conseguia ver saindo das mãos e talvez escondidos, também, por detrás os olhos. “Há um pote de ouro aí no final das cores?”, perguntou a menina vermelha. “Não me lembro mais”, amargurou o menor.

Mas o menino
Ele tem, sim, um bom coração
Só não sabe ainda como encontra-lo
Tem um fio bonito, o menino vai achar
Seguir e fiar
Vai ver que lá fora, ninguém t’o espera lá fora
Que até onde os olhos deitam, e depois ainda de lá
É tudo aqui
Ou aqui perto

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