terça-feira, novembro 23, 2004

Hugo na Psycho - 1

Como eu disse, eu gosto de ser uma pessoa pouco emocional. Mas a questão é: eu gosto porque me acho ou me acho pq gostaria de ser? Eu tenho a auto-estima baixa, mas, é isso mesmo ou isso é uma forma que eu tenho de aceitar meus erros com abnegação ao me achar cronicamente incapaz de acertar de uma forma sustentável? Sei que não encontrarei respostas para esses questionamentos (e para muitos outros) em lugar nenhum. Mas ao que me parece, psicólogos ajudam a gente a filtrar as grandes besteiras das pequenas besteiras.

Por isso, resolvi de vez pegar o telefone e ligar para psicólogas. Em dezembro eu começarei. É impressionante como essa recomendação é unânime. Absolutamente todo mundo me diz que eu preciso e me choca como a frase “Hugo, vai numa psicóloga” ecoa de todas as bocas cujos respectivos ouvidos me suportaram por umas poucas dúzias de minutos. Sempre achei que fosse bom pra mim, mas nunca coloquei como uma prioridade. Agora é. Ando priorizando inovações de baixo risco nos últimos dias.

Minha fase atual é a escolha. Quais serão meus critérios? Como escolher um estranho que vai saber de todos os meus segredos e medos mais íntimos? Td bem, eu escrevo num blog, conto um monte de coisa minha, ainda q de forma simplificada, quem me conhece sabe que eu me abro mais fácil que... (odeio não ser um bom analogista. Analogias legais para coisas que abrem fácil nos comments, por favor.), etc. Mas mesmo assim, considerando que eu vou ter que pagar alguém por isso, é uma categoria nova de pessoa que me ouve: alguém que vai fazer isso profissionalmente. E isso é muito diferente das pessoas que me ouvem de graças ou apenas pagando o preço da própria incapacidade de me mandar calar a boca quando eu estiver enchendo o saco.

Então, o único critério que eu tenho, é que seja uma mulher, afinal eu tenho o hábito de me abrir com mulheres, desde sempre. Dizer quaisquer outros critérios aqui será temerário, então veremos o q vai rolar.

Acho que vou criar uma série “Hugo na psycho”. Pelo menos será um tema ao redor do qual eu poderei me concentrar pra falar minhas merdas. Minha primeira tarefa, então, é achar uma psicóloga com a qual eu me sinta a vontade.

Aguardem, portanto novos posts a respeito. Vou tentar mudar um pouco o estilo de escrever as próximas partes da minha tentativa de achar um divã legal pra deitar.

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