segunda-feira, setembro 13, 2004

long, long, time ago...

Brasília, 22h17min30seg de 2 de julho de 2001.


Ai, ai. O que não fazem as serpentes. Os livros. Os amigos. Eu temia. E aconteceu. Por mais (não consigo encontrar adjetivo que expresse tamanha magnífica surpresa) que possa parecer, estou tendo idéias. Com sérias restrições orçamentárias. Mas ainda idéias. Aliás, sejamos francos, o que não tem sérias restrições orçamentárias nowadays?
Bom, eu vivi com seis reais e vinte e cinco centavos por dia, durante uma semana. Foi bom. Ou não. Na verdade, foi uma bosta. Merdão mesmo. Mas me valeu muito. To catando moeda de 1¢ no chão agora. É bom ralar pra dar valor às coisas. E bom sofrer pra acreditar no que não se dá valor. No fim, ou mandaremos tudo à merda, ou tentaremos escrever tratados de quatro linhas sobre a insustentável megalomania escalafobética do pseudo-proto-ser humano.
É.
Eu não mandei tudo à merda. Eu to bem. Mesmo.
Meu velho ta muito beleza. Workahollic. Já ta na labuta com todo o gás. Há muito tem me surpreendido. Felicidade plena. Excelente.
A Laura ta sofrendo a faculdade. Mas está gostando. Me sinto importante ajudando. É bom.
É.
Muito me surpreenderam suas muitas cartas seguidas. Sempre surpresas. Tem que ser assim. Não restrinjamos os nossos orçamentos cerebrais. Idéias. Surpresas. Mesmices também.
Abramos o jogo. Falemos nomes. Citemos atitudes escatológicas. Se sua mãe não vai comprar e a minha é muquirana, meu pai não gosta de psico-tropicalismo e seu pai eu não sei... livros, só de presente. E, a cavalo, Dado não olha os dentes.
Okay. A cavalo dado não se olha os dentes. A frase acima é apenas uma forçada na introdução de um pensamento que eu e Marcelo estávamos “descobrindo” e eu, junto à minha mania de perseguição (não sei com se escreve, mas tenho, e muito) acabei (des)envolvendo aliado a novas idéias. Talvez não tão novas.
O copo de coca está vazio. A tv está ligada. Eddie Murphy é legal. No filme, ele fala com os bichinhos. E ninguém mais os escuta. Algumas pessoas têm habilidades especiais. Talvez a minha seja boliche ou pregobol. Talvez o formula 1 do playstation. Nada demais. Se há não sei. Vai saber...
Acho que vou criar um Ascaris lumbricoidis na minha barriga. Bart Simpson está sozinho. O cabelo de sua mão bóia na piscina de ondas. Sanitária. Tão magnífica a hidrostática fecal. Uns afundam, outros sobem. E há a classe média. De fato é impressionante!
Igualzinho o mundo. Que nem.
Depois de contemplar a paisagem nostálgica à Meia Ponte*, faço-me uma questão:
Estou viajando muito ou acabo de provar, pelo teorema de Arquimedes, que o Mundo é uma Merda?
E.
Não é?

Obs.: só pra recordar:
P=dvg
P=dgh

Né, amigão?
ps.: o “Dado” fica pra outra hora.

monge enrolador, 23h5min5seg

*Rio Meia Ponte, o rio mais meia-boca, boca-fedendo do GO... é o Tietê de Goiânia, só que com aditivo de césio, que só a gente tem. (nota do monge copista
)

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