sexta-feira, dezembro 10, 2004

Balls for doubt

Pensei muita coisa pra escrever qd tava avião de volta de sampa na terça pra escrever aqui. Não lembro mais de nada q não seja excessivamente pessoal e/ou que exija maiores explicações. O fato é que a viagem me fez muito bem e me tirou do time da angústia, com certeza pelo menos por hora, espero que por um bom tempo.

Acho que de agora em diante algumas coisas serão mais interessantes na minha vida, q cada dia mais eu percebo como vazia de acontecimentos externos. Estou lendo um livro muito bom, que eu recomendo fortemente, aliás, chamado Vazão, no qual o personagem não é capaz de se movimentar e só lhe resta a vida interior (pelo menos até o ponto em que estou). Eu, com meus movimentos e sentidos completamente constituídos, sempre tive uma vida interior mais agitada que a exterior. Meio que me revoltei com isso, afinal eu já desperdicei uma adolescência e aproveitei menos do que poderia alguns anos de pré-adultismo com petty fears and doubts q não me deixavam ver até onde eu poderia chegar em alguns casos.

Melhor eu correr atrás de agir diferente. Dar a cara a tapa pra variar, pra ver o que acontece, mesmo não sabendo ainda lidar bem com a dúvida. Na verdade, e isso eu descobri na viagem, é a falta de informação que sempre me corrói por dentro e me tira do sério. Muito. A dúvida é a raiz do meu desespero, quando ele aparece. Sei lidar com falhas concretas melhor do que eu pensava. Problema mesmo são as conseqüências desconhecidas dessas falhas. Encará-las como inevitáveis e me mexer assim mesmo é o meu desafio de agora. Ter coragem de se dar bem às vezes, se dar mal às vezes, como qualquer pessoa normal. É isso. Tenho q aceitar que eu sou uma pessoa normal. Me economizará algumas angústias.

P.S.: Só eu que posto aqui. Ow seus monges viados, bora postar. Porra!

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