This Hurt is Poison
Depois de um post do Illimani eu me sinto sempre sem cérebro e depois de um post do Bilo eu me sinto sem coração. Aí fica foda escrever, mas vamo lá.
Incrível como eu tenho esperança no futuro e desgosto pelo presente. Hoje eu estou no futuro de 5 ou 6 anos atrás exatamente no equilíbrio excelente entre o que eu sonhava e o que eu poderia alcançar diante das minhas limitações físicas e mentais. Quantificando mais ou menos eu estou com 75,46% do melhor possível. E ainda assim hoje eu estou achando minha vida um saco. Aliás, eu ando de mau humor. Droga. Queria estar percebendo como eu tenho a vida pela qual eu me esforcei. Na verdade eu percebo, mas eu queria sentir isso, não estar nessa escrotidão fudida, achando, pra variar, que quando a monografia acabar tudo vai ser legal e que o trabalho vai magicamente se tornar o máximo.
Não vai. As coisas existem por si só, mesmo que eu de fato as construa continuamente. Eu tenho controle sobre a minha vida, mas ele não é absoluto e nunca vai ser. Também não tenho controle sobre mim mesmo, mas posso chegar perto disso. Preciso largar de ser mané e começar a gostar das coisas que estão aqui perto. Afinal, as coisas estão ruins, mas eu estaria muito, mas muito pior sem elas.
Não quero nem pensar sobre como eu estaria se eu não estivesse levando a vida que eu estou. É ela o fruto dos meus planos e do meu esforço e da minha às vezes abnegação. Se com ela eu estou chato assim, imagina sem.