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O Hugo é um animal. Um animalzinho de teta, mesmo. Daqueles bem preguinhos e imbecis, q adoram uma auto-comiseração bem iluminada. Todos gostam de um genuíno filho da puta. E todos gostam ainda mais de uma tragédia bem dramática, mexicana. Hugo Gonzalez Bigodon. Um amigo brother especialmente massa, importante e mané. Never learns, never learns.
Quando li, e depois assisti Memento, no típico entusiasmo meu, vi em suma que nossa vida é só um punhado de cinco minutos. E, no entusiasmo ainda típico, fui catequizar umas almas para essa nova idéia. Que nem eu tinha entendido direito. A idéia é simples: nossa vida, toda ela, cabe em cinco minutos. Todas as memórias, os comportamentos sociais, sanitários, as reações, toda essa gororoba mental se resume a cinco minutos. A parte que eu ainda não havia entendido (e acho que o hugo também não), é que esses cinco minutos, e cada um de seus segundos e milésimos de segundos, são capazes de criar uma vida inteira de cinco minutos completamente diferentes entre si, ou absurdamente rotineiros. Novos cinco minutos surgiram, depois que a água bateu na bunda e o tapa bateu na cara. Agora nossos cinco minutos são frígidos e quentes, etéreos e responsáveis, secos e molhados.
O novo entusiasmo é com o equilíbrio. Minha libra, o nash, buda, o zahir entre o olhar e o reencontrar, de repente essa ficha caiu. Mas ainda não catequizei ninguém com essa idéia. Eu mesmo sou viciado demais no catolicismo, em um ralo jogo de cinco minutos, e faltam ainda duas ou três cores para eu poder comprar o equilíbrio. Alguns princípios para o próximo capítulo.
Certo, não torra. Mas não torra mesmo, que eu paguei muito caro pelos meus picuás.