quinta-feira, novembro 24, 2005

Mama mia

Fui a Brasília na quarta-feira. Mas, antes que me condenem, explico. Participei do ensaio da colação de grau, apenas, e dormi em Taguatinga, na casa de um amigo. Faz-se necessário outro conclave: marquemo-no para Goiânia, em dezembro, que tal?

Mas, voltando ao assunto do dia - a pomposa colação de grau. Jamais - e quando digo jamais, não exagero - imaginei que poderia entrar na cerimônia ao som de uma das mais espetaculares composições mundiais do século passado (na minha modestíssima opinião).

O melhor: a escolha foi da turma - todos entrarão ao som da mesma canção. Alguém percebe o que é isso? Escolheram a música espontaneamente. Nada imposto, escolha democratica. E, raro acontecer, venceu quem eu gostaria que vencesse. O detalhe: não participei da votação, de fato nem sabia da existência.

É isso que me faz pensar que o mundo ainda tem lapsos de vida. Aos curiosos, a letra. E aos que não gostam, detestam, odeiam esta música, meus parabéns: isso mostra que são muito diferentes de mim. O que, ressalte-se, é das melhores qualidades.

Queen - Bohemian Rhapsody
(1975)

Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I'm just a poor boy, I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go
A little high, little low
Anyway the wind blows, doesn't really matter to me, to me

Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, ooo
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on, as if nothing really matters

Too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody - I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth
Mama, ooo - (anyway the wind blows)
I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all

I see a little silhouetto of a man
Scaramouch, scaramouch will you do the fandango
Thunderbolt and lightning - very very frightening me
Gallileo, Gallileo,
Gallileo, Gallileo,
Gallileo Figaro - magnifico

But I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come easy go - will you let me go
Bismillah! No - we will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let me go
Will not let you go - let me go (never)
Never let you go - let me go
Never let me go - ooo
No, no, no, no, no, no, no -
Oh mama mia, mama mia, mama mia let me go
Beelzebub has a devil put aside for me
for me
for me

So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh baby - can't do this to me baby
Just gotta get out - just gotta get right outta here

Ooh yeah, ooh yeah
Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters - nothing really matters to me

Anyway the wind blows...

quarta-feira, novembro 23, 2005

Taking heartache with hard work

Speakingof tomorrow
How will it ever come
Oh, all my lies are always wishes

Wilco - Ashes of American Flags

Tall buildings shake
Voices are scared
Singing sad sad songs
Two two chords
Strung down your cheeks
Bitter melodies
Turning your orbit around

Wilco - Jesus, etc.

Já escrevi aqui que 2004 foi pra mim um ano em que eu consegui tudo o que eu queria mas e que 2005 foi um ano basicamente de derrotas, mas que em compensação 2004 foi um ano em que o meu cérebro funcionou a 10% da capacidade e que em 2005 eu voltei a pensar como antes. Coisas importantes que eu deixei de fazer em 2004 estão aparecendo dolorosamente na minha frente há algum tempo nesse ano.

Tudo o que eu queria era que 2005 fosse como 2004 e ele foi bem o contrário. Mas isso não foi ruim, porque eu vi esse ano que minhas limitações são bem diferentes daquelas que eu antes assumia, assim como minhas qualidades.

Passei todo o ano de 2005 sem saber o que seria da minha vida dali a um mês e isso pra alguém que gosta de rotina e de andar conforme os planos não pode ser bom. Pior que isso, salvo raras e ótimas exceções, as surpresas vieram desagradáveis. Por isso eu resolvi fazer uma coisa que soa patética, mas que pode me ajudar muito a ter um bom 2006.

Resolvi fazer uma lista de resoluções de ano novo.

Cometi uma série de erros em 2004 e 2005 que eu realmente gostaria de não cometer novamente. Sim, repeti muitos erros. Na verdade foram poucos os erros nesses dois anos, mas eu os repeti a uma taxa absurda. Na minha terra, isso se chama burrice.

Minha lista poderia ter apenas um item: largar de ser burro. Mas eu acho que eu preciso especificar as coisas e definir quem eu quero ser em 2006.

Eu quero ser a minha parte boa. Por mais que eu reclame de mim nesse blog, eu realmente acredito que o meu lado bom é muito bom. O problema é que o meu lado ruim aparece demais, especialmente pra mim mesmo. Resolvi que em 2006 eu vou fazer todas as coisas que eu sei que são as melhores pra mim mas que eu não faço por vários motivos, especialmente preguiça e medo.

Passei 2005 me lamentando por erros passados e com vergonha de mim mesmo (no sentido de que o que as besteiras que eu fazia não apareciam pras pessoas mas pra mim), dos erros óbvios que eu cometi e das oportunidades que eu desperdicei. Não quero isso em 2006.

Quero ter a certeza de que se eu não consegui algo foi poruqe a coisa era além das minhas capacidades. Não quero constatar que eu poderia ter feito algo que por algum motivo idiota eu deixei de fazer ou fiz errado.

Quero quebrar a cara depois de ter corrido muito, depois de ter apostado alto. Usando um top 10 do ranking dos clichês de pagodeiro, quero me arrepender do que eu fiz.

Quero que cada segundo da minha vida tenha um motivo, não quero ir com a maré. Já que hoje é dia de clichês de pagodeiro, não quero deixar a vida me levar. Quero saber o porquê de cada passo que eu der.

Não vou admitir erros repetidos e não vou ter medo de erros novos. Eu não gostaria mesmo de ser mais um babaca excessivamente confiante em si mesmo, mas acho que eu não tenho escolha.

Quero mais coisas, mas cansei de escrever.

Isso não é a lista. Ela vai ser mais específica e pontual e obviamente eu não vou mostrar pra ninguém.

Como eu falei em um post acho q há mais de um ano já, eu sou movido por planos e fazia tempo que eu não fazia planos, por isso eu estava sendo movido pelos acontecimento, o que pra mim é uma mostra de fraqueza. Meu plano de sair de Resende e ser feliz deu certo. Agora o plano é continuar a ser feliz. Na verdade o plano era esse há algum tempo. Agora é hora de definir os detalhes.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Me explica


Sempre achei que o Lula não falasse nada além de sindicalista-brasileirês. Nunca cogitei a possibilidade de o Bush falar algo mais que redneckish.

Eu tô errado né?

Se não, alguém me explica como eles podem estar conversando. Ou pelo menos porque o intérprete atrás deles está vestido de segurança.

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