terça-feira, novembro 30, 2004

"The space between us is as boundless as the dark..."

Achei finalmente uma coisa que eu piorei da minha adolescência pra cá. Fiquei ridiculamente mais carente. É impressionante a diferença que uma ligação, um scrap no orkut, um e-mail ou um oi no msn fazem no meu humor. Hj eu passei a noite sem receber um sinal voluntário de vida. Nem os meninos estavam em casa. Estudei forte pra monografia, mas ainda assim meu peito apertou pela falta de um toque (e olha q eu até recusei um convite pra jantar). Assim, eu sei que é melhor que as pessoas só lembrem de mim no fim de semana, afinal eu tenho um trabalho sério a fazer e em pouco tempo. Mas porque eu ainda preciso saber que existem pessoas que querem me ouvir/ler? Porque eu não consigo mais ser o lone ranger q eu era qd era moleque?

Odeio precisar de pessoas. Mas eu preciso. Vou ter que me reacostumar a ficar sozinho. Eu preciso. Não dá, tenho q voltar a me bastar...

(mais um post horroroso. por essas que ninguém comenta e a média de visitas desaba. outros monges, postem, por favor)

segunda-feira, novembro 29, 2004

Hugo na Psycho - 3

To sem saco de postar sobre minha ida à psicóloga. se alguém quiser saber, me pergunta.

Hugo na Psycho - 2

Eita, marquei pra hj... Antes do que eu esperava. Mais tarde, more info on this.

domingo, novembro 28, 2004

Ahead

Estou um tanto entediado. Passo dias achando que não tem nada de especialmente bom na minha vida (eu sei que tem, mas são coisas boas consolidadas, não coisas boas novas). Está tudo bem, estou com opiniões melhores sobre eu mesmo, as pessoas e o mundo. Sinto que eu tenho coisas a fazer, mas elas não me animam, e ao mesmo tempo eu não dou conta de ficar parado. Quero ver se eu faço umas coisas diferentes, mas eu to meio sem idéias...

Agora que eu entrei de cabeça na preparação da monografia, talvez não me sobre qualquer tempo para fazer outra coisa. Isso pode ser muito bom também, porque eu tendo a gostar da minha rotina quando eu percebo que ela está me levando para algum lugar. Acho que o problema é esse, no momento eu não vejo qualquer avanço possível como resultado de qualquer coisa que eu faça. Vou dar uma fuçada por aqui pra ver o que há de construtivo para se fazer, de preferência no meu quarto, onde eu vou poder continuar ouvindo música, que é o que tem me dado mais prazer ultimamente (quando a melhor coisa da sua vida é ficar no próprio quarto ouvindo música, deve-se ficar deprimido? Hehe, no meu caso não. E saber disso é muito bom. Quer dizer, na verdade não é bom se isso durar muito tempo..).

Acho que o que mais me animou em finalmente colocar minha monografia como centro da minha vida foi a constatação tão ridiculamemte óbvia quanto importante de que quanto antes eu termina-la, antes eu terei tempo para fazer coisas interessantes, para executar meus “planos de quando eu tiver tempo para executar planos”. Acho q o fim da faculdade me fará bem no fim das contas. Estou disposto a ter uma vida um pouco mais ousada, mas só um pouco, pq eu odeio me arriscar em coisas duvidosas demais.

A perspectiva de ter uma vida cultural intensa, de adquirir habilidades novas e de cuidar da minha cabeça e do meu corpo sem estar preso todos os dias a obrigações que me demandem mais que o horário do expediente presencial me deixa feliz. Só resta saber se eu terei ânimo para correr atrás de novidades, já que na minha vida toda eu fui uma pessoa horrendamente acomodada. Talvez por isso haja tanto tédio nesse meu quarto. Sorte que a Aimeé canta. Ela me pede para salva-la. Pena que eu não tenha a atitude necessária para isso. E para muitas outras coisas, algumas delas mais simples até. Mas eu acredito de verdade que essa minha característica antiga e incômoda está pra sofrer alterações. Aguardemos os próximos capítulos.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Talvez até role...

"Mas o frio sempre me deixou feliz. Se vc acha que eu deveria ser mais intenso, ousado, emocional, passional, visceral ou afins, sorry, isso não vai acontecer."

Bem... pode ser que aconteça.

JiUnBs - História de um Fracasso, parte 4

Talvez o mais retumbante de todos. Provavelmente o último jogo que teremos. Faltei vários jogos de esportes nos quais estava inscrito, todos eles devidamente perdidos pelos meus colegas de curso. Nossa única vitória no masculino foi no futsal, talvez pq seja ele o único esporte no qual eu não estou inscrito. Enfim... Ah, não, não é o último, ainda tem o futebol de areia. Eu jogando futebol? Bem, pq eu ainda acho que isso daria certo, depois de quase 22 anos de fracasso? Bem, pelo menos é uma desculpa pra ir ao CO e ver as gatinhas da UnB (q não dão moral para losers, pelo menos não para losers barangos como eu, mas tudo bem...). Também é sempre um tema para um post.

Enfim, o jogo. Foi contra a Engenharia Elétrica. Cheguei lá no CO e quando consegui desgrudar o olho da japinha da medicina que estava jogando futsal, reparei que os caras da Elétrica estavam todos com camisetas. Camisetas são em geral uniformes de basquete. Sim, eles não apenas tinham uniformes com nomes como tinham uniformes de basquete com nomes. Só isso já assusta, pq mostra que provavelmente eles treinam com freqüência. Entramos na quadra sabendo que eles tinham ganhado de muito do time que tinha ganhado de muito da gente. Enfim.

Vimos a cor da bola algumas vezes. Fiz uma cesta de 3. Mas o placar será negligenciado, pq a gente perde o jogo, mas não perde o mínimo de dignidade q ainda resta. E não perde a piada idiota tb. Como diria um torcedor deles, foi o Massacre da Serra Elétrica.

Ponto positivo. Meu preparo físico está show! Corri a quadra inteira, o jogo inteiro, sem ser substituído uma vez sequer (há, nós só tínhamos um reserva. Eles tinham cinco), e ainda estava disputando rebotes com alguma luta (e perdendo quase todos, mas tudo bem.). Alguém tem uma sugestão sobre o que fazer com um preparo físico mt bom?

Parabéns!

Parabéns pra Tess!!! Ela aproveitou a maioridade jurídica recém adquirida para me dar uma sugestão interessante, ainda que um tanto óbvia, sobre o que fazer com o meu preparo físico recém excelente.

terça-feira, novembro 23, 2004

Hugo na Psycho - 1

Como eu disse, eu gosto de ser uma pessoa pouco emocional. Mas a questão é: eu gosto porque me acho ou me acho pq gostaria de ser? Eu tenho a auto-estima baixa, mas, é isso mesmo ou isso é uma forma que eu tenho de aceitar meus erros com abnegação ao me achar cronicamente incapaz de acertar de uma forma sustentável? Sei que não encontrarei respostas para esses questionamentos (e para muitos outros) em lugar nenhum. Mas ao que me parece, psicólogos ajudam a gente a filtrar as grandes besteiras das pequenas besteiras.

Por isso, resolvi de vez pegar o telefone e ligar para psicólogas. Em dezembro eu começarei. É impressionante como essa recomendação é unânime. Absolutamente todo mundo me diz que eu preciso e me choca como a frase “Hugo, vai numa psicóloga” ecoa de todas as bocas cujos respectivos ouvidos me suportaram por umas poucas dúzias de minutos. Sempre achei que fosse bom pra mim, mas nunca coloquei como uma prioridade. Agora é. Ando priorizando inovações de baixo risco nos últimos dias.

Minha fase atual é a escolha. Quais serão meus critérios? Como escolher um estranho que vai saber de todos os meus segredos e medos mais íntimos? Td bem, eu escrevo num blog, conto um monte de coisa minha, ainda q de forma simplificada, quem me conhece sabe que eu me abro mais fácil que... (odeio não ser um bom analogista. Analogias legais para coisas que abrem fácil nos comments, por favor.), etc. Mas mesmo assim, considerando que eu vou ter que pagar alguém por isso, é uma categoria nova de pessoa que me ouve: alguém que vai fazer isso profissionalmente. E isso é muito diferente das pessoas que me ouvem de graças ou apenas pagando o preço da própria incapacidade de me mandar calar a boca quando eu estiver enchendo o saco.

Então, o único critério que eu tenho, é que seja uma mulher, afinal eu tenho o hábito de me abrir com mulheres, desde sempre. Dizer quaisquer outros critérios aqui será temerário, então veremos o q vai rolar.

Acho que vou criar uma série “Hugo na psycho”. Pelo menos será um tema ao redor do qual eu poderei me concentrar pra falar minhas merdas. Minha primeira tarefa, então, é achar uma psicóloga com a qual eu me sinta a vontade.

Aguardem, portanto novos posts a respeito. Vou tentar mudar um pouco o estilo de escrever as próximas partes da minha tentativa de achar um divã legal pra deitar.

Oh...

Odeio me sentir creep!

Veja isso quando vc estiver reflexivo. Se gostar e Radiohead, melhor ainda.

sexta-feira, novembro 19, 2004

JiUnBs - História de um fracasso, parte 3

Pra quem pensou que tinha acabado...

Ontem foi o segundo jogo de basquete da Comunicação. Pra variar, só cinco jogadores apareceram. Então ficamos sem reservas e, obviamente, perdemos de novo.

O time da Física, atual vice-campeão, não deu a menor chance pra gente. Mas é isso ai... o placar? Precisa mesmo falar do placar? Bom... 53 a 25 para eles.

Eu joguei melhor que na primeira partida, mas não fiz grandes coisas.
2 pontos, 3 assistências, 5 rebotes.

Ano que vem tem mais, hehehehe

Homesick Alien

Poder da mente. Sempre me pareceu uma idéia um tanto bizarra isso de que a se pode fazer virtualmente o que se quiser quando vc se concentra de verdade. Me parece coisa de livro de auto ajuda. Eu acharia essa idéia pior ainda, [tão ruim quanto pagode, o Flamengo ou as absurdas e exageradas 6 horas de sono que o mané do meu corpo exige de mim para se comportar de maneira minimamente decente no dia seguinte] se eu mesmo não me autoprovasse continuamente que de fato com um pouco de trabalho mental pode-se acreditar, descobrir e, com algum refinamento, sentir o que se quer com algum esforço e muita vontade de mudar de idéia.

Talvez por ser capaz de engolir com eficiência coisas que poderiam me fazer muito mal, eu tenha me tornado uma pessoa pouco intensa depois dos 18, depois de uma adolescência desesperada.

Mas o frio sempre me deixou feliz. Se vc acha que eu deveria ser mais intenso, ousado, emocional, passional, visceral ou afins, sorry, isso não vai acontecer.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Pure Joy

Links novos aí do lado. Os sites mais lotados de informação sobre música (All Music) e cinema (The Internet Movie Database) que eu encontrei até agora. Enjoy!

Retorno

Minha vida voltou a sair do meu controle mínimo. Isso coincidiu com a falta crônica de posts meus por aqui. Não sei se existe uma relação entre as duas coisas, mas uma vez que esse blog foi criado para que eu tentasse pacificar meu espírito, talvez se eu voltar a postar com freqüência, ainda que falando sobre nada, minha vida se alinhe de novo, e o Original consiga de fato voltar a ser monge.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Máquina 4

“Máquina 4, por favor”.

Foi esta a senha para uma mudança. Apenas uma de várias que tenho ensaiado nos últimos meses. Raspar o cabelo, sempre bagunçado e revolto, foi o primeiro passo.

O cabelo fala muito sobre uma pessoa. É responsável por 70% da aparência do rosto, dizem. Não duvido. Cortá-lo, muito mais do que uma atitude higiênica ou estética, é um ritual que se repete sem que precisemos perceber.

Devo, contudo, confessar uma coisa. Lembro-me de todos os dias nos quais cortei o cabelo neste ano. Estranho? Sim, estranho. Nem por isso consigo esquecê-los.

Primeiro corte do ano, 15 de janeiro – um dia antes de uma inesquecível viagem para São Paulo. Segundo, 20 de março – no dia de um encontro que não deu muito certo. A seguinte, dia 5 de julho: logo depois de um outro encontro que, desta vez, deu certo. Na outra, 8 de outubro – quando pela primeira vez fui a um salão em Brasília.

Todas, do mesmo jeito. O mesmo corte de sempre, as mesmas conversas de sempre. Mas hoje, não. Apenas uma frase, sem grandes delongas; sem “apara aqui, corta aqui...”. Uma frase seca e final: “máquina 4, por favor”.

Há quem dia que o resultado foi péssimo; outros gostaram. Mas o consenso é que ficou diferente. Já me basta. Se todos os dias as pessoas fizessem algo diferente, quem sabe o mundo não mudasse um pouco.

Ver os cabelos caindo ao chão causou-me uma sensação estranha. Uma nostalgia salutar. Como quando você muda de sua casa e, mesmo sabendo que vai para um lugar melhor, ainda sente saudades. Querendo ou não, é uma parte do seu corpo que vai embora; algumas histórias, talvez.

Mas a sensação mais estranha que tive não foi esta. Foi a de todos me perguntarem o “porquê” de ter “radicalizado”. Ora, e tenho que ter uma razão para tudo? As melhores coisas que fiz na vida não tiveram razão alguma.

Poderia inventar mil lorotas. Dizer que adotei o visual “Ronaldinho” para ver se aparece alguma Cicarelli na minha vida, ou falar que enquanto estiver sem cabelo as pessoas têm que olhar nos meus olhos enquanto conversam comigo.
Quem sabe simular uma doença, dizer que passei em um vestibular imaginário, que conquistei alguma coisa que só eu sei. Falar que perdi alguma aposta; ou que perdi várias. Ou quando me perguntarem se cortei o cabelo, afirmar que “tirei pra lavar, mas já já pego de volta”.

Afinal, de saco cheio de tantas perguntas e buscando uma justificativa, assumo: precisava de um tema para minha crônica. E minha vida estava parada demais.

segunda-feira, novembro 15, 2004

Feriado short version

Aqui eu tropeço na rua e sinto ainda minhas mãos formigarem em certas presenças desconhecidas e tão conhecidas. Deveria ser o contrário.

***

Aqui também [pelo fato de retomar boa parte da angústia que sempre me tomou quando morava aqui depois dos 12, por reviver a insegurança irracional que se afasta de mim a irritantes poucos angstroms por dia (mas pelo menos se afasta) e por tentar burramente ser uma pessoa normal por um tempo (amigos de Brasília, meu conceito de pessoa normal não inclui nenhum de vcs, o que é muito bom)] eu acabo ficando melancólico com freqüência. Mas não a melancolia contemplativa que eu tenho de vez em quando em Brasília. É uma melancolia desesperançada, meu sentimento mochila da adolescência. Não é nada bom. Mas relembrar é bom, re-sentir melhor ainda. Fico ansioso pra voltar.

***

Aqui eu ando muito na rua. O tempo some, mas eu atravesso a cidade.

***

Entrei na net só uma vez por dia. Considerando que minha vida virtual tem sido mais interessante em certo sentido que a minha vida real, isso pode ser ruim. Nesse certo sentido específico foi ruim mesmo, mas nos outros foi bem legal.

***

Devo terminar de ler dois livros nessa viagem de volta. Falarei deles no futuro.

***

Para a alegria do Sr. Sehto, teremos pedacinho de estorinha de ficção by Hugo essa semana. Não será boa, vai ser só uma tentativa minha de exteriorizar um medo. Na verdade estarei eu fazendo uma coisa que vive me fazendo mal: publicizando fragilidades. Mas eu preciso mandar mais esse medo bobo embora.

***

Mais importante de tudo: a partir de 15 de novembro de 2004, o Original volta a ser monge. Full time.

***

Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalmas para o Chocolate Sensual!!!

terça-feira, novembro 09, 2004

"Esse garoto é muito bom!"

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=713956

Exertos

ill diz:
poste
ill diz:
ou eu jantarei seu pâncreas amanhã
Quiet is the new loud diz:
deus
Quiet is the new loud diz:
terei que aplicar insulina para sempre
ill diz:
vou tirar o seu pâncreas com um garfo
ill diz:
vc provavelmente estará morto quado eu terminar a extração
Quiet is the new loud diz:
me disseram que pâncreas mal passado cai bem com zimbro e pimenta calabresa
ill diz:
nhammmm
Quiet is the new loud diz:
mas eu acredito que não lhe darei a oportunidade de experimentar tal iguaria
ill diz:
ótimo. então poste.

Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" foi adicionado à conversa.

Quiet is the new loud diz:
postarei
Quiet is the new loud diz:
mas quem merece ter seus órgãos vitais transformados em gastronomia exótico-hostil é o thiago
ill diz:
quero mostrar algo para vcs dois
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
mostre
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
mas se for bibiu, nao quero
ill diz:
bibiu?
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
__
Quiet is the new loud diz:
bibiu?
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
porra
"quero mostrar uma coisa"
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
se for pra mostrar a rola, nao precisa
o_O
só isso
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
: p
ill diz:
: p
Quiet is the new loud diz:
é, rola não rola
Quiet is the new loud diz:
hehehe
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
isso
Quiet is the new loud diz:
Duh

(…)

Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
q gorda escrota
ill diz:
rere
ill diz:
ela é bizarra
ill diz:
pior que o clipe é uma merda
ill diz:
são oito fotos que ficam alternando
ill diz:
melhor que chocolate sensual, né?
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
nao
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
Chocolate Sensual é foda
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
hauhauuhauhaa
Quiet is the new loud diz:
Paaaaaalmas para o Chocolate Sensual!!
Thiago Arantes - "Palmas para o chocolate sensual" diz:
PAaaaaaaaaaaaaaaaaalmas para o Chocolate sensual
ill diz:
PAAAAAAAAAAALMAS para Leslie & the Lys

sábado, novembro 06, 2004

Tempo

Nossa... q título pedante. Enfim...

Ontem fui numa festinha na Arquitetura. Morri de saudades da universidade. Estranho isso, eu que sou o mais adolescente dos pós-adolescentes num raio de uns 10 quilômetros a partir do meu umbigo sou formando. Me sinto maduro o bastante pra me formar do segundo grau e tenho ao meu lado o carnê de pagamento da colação de grau do curso de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.

Acho deprimente ter algumas preocupações iguaizinhas às que eu tinha com 14 anos. Sempre achei que quando eu tivesse pra me formar na faculdade eu seria um homem, com preocupações sérias, sabendo que eu sou e quais eram minhas qualidades e limitações. Ainda não sei nada...

Claro que ninguém nunca é no presente o que achava que seria quando pensava sobre o futuro no passado. Mas eu acho que meu gap é muito grande. Não sei se maior q o das outras pessoas, mas ainda assim muito grande.

Mas por um lado, isso pode ser bom. Ser pouco maduro tem me ajudado a me levar menos a sério, encarar a vida com leveza. O peso é pra quem pode ou pra quem força a barra. Eu cansei. Cansei de ser cabeça, de ser cult wannabe. Quero me afundar na minha própria incoerência.

Pelo menos nesse Sábado, em que o agito não respondeu.

quarta-feira, novembro 03, 2004

the fourteen fantastic

E quando a felicidade vem montada no ineditismo, no fantástico, no bizarro? Tudo fica banalmente surpreendente, cheio de brilho nos olhos e queixos caídos.
A testosterona também ataca, às vezes. Não como gorilas no cio, mas como um pashá, ou um sheik. Como quando uma simples van abarca uma relação de 7 mulheres per capita. Capitas masculinas, é óbvio. [Desconsideramos o motorista e o cobrador, porque onde se ganha pão, não se come carne.]. E vale anotar a relação ótima de duas per capita. Mas ficamos lá, eu e o monge original, de turbantes, bigodes (muitos bigodes) e olhos testosterônicos, recitando mentalmente Šœppenphauβen, e a rodoviária logo chegou.

Precisa mesmo explicar?

Conversando um dia com a Bel, a gente percebeu como é interessante o fato de as artes diversas tocarem as pessoas de formas tão diferentes. Eu por exemplo sou alucinado por música, muitas são capazes de me deixar eufórico, outras irritadíssimo. Cinema tb me toca bastante, eu sempre saio emocionado do cinema, mesmo nas comédias mais toscas. Com cinema eu chego a ser sem critério, me amarro em tudo, como eu já disse antes aqui.

Já as artes visuais (pintura, escultura, arquitetura...) não me fazem efeito algum. A maioria dos quadros que eu vejo me desperta a mesma quantidade de emoção que a parede que os cerca. Mesmo estando em Brasília eu nunca reparo nos esquemas arquitetônicos, só os vejo qd me falam. As exceções aqui são a fotografia (que me emociona com certa freqüência, especialmente se não forem fotos de miséria humana poser em preto e branco como o Salgado e se forem momentos-chave como os do Cartier-Bresson) e algumas pinturas surrealistas.

Mesmo em música, é estranho a forma pela qual os gostos musicais se definem. Não sei explicar pq eu gosto de Belle and Sebastian ou pq eu prefiro Caetano ao Chico, por exemplo (meu deus, sinto as pedras e as pauladas me atingindo). Sei vagamente que eu tendo a não gostar do que a maioria gosta, mas isso não é regra.

Como essas preferências se formam? Pq eu gosto de rock britânico hoje se há cinco anos eu mal conhecia o Oásis? Pq eu tendo a gostar pouco de música brasileira se meu background musical foi todo de MPB? Aliás, acho os ritmos latinos bem chatos quando puros, mas adoro as adaptações, referências ou só o “tem um som levemente parecido” que alguns fazem (caso do samba com os Los Hermanos ou da bossa nova com os Kings of Convenience).

Enfim, alguém tem uma idéia? Por que as artes emocionam de formas diferentes? Não que essas dúvidas estejam tirando meu sono, até pq eu tenho me levado tão pouco a sério ultimamente que todas as respostas científicas e eruditas têm me irritado. Mas eu acho engraçado não conseguir explicar meus gostos e desgostos artísticos, inclusive os mais fortes.

segunda-feira, novembro 01, 2004

JiUnBs - História de um fracasso, parte 2

O monge Thiago teve a dignidade de jogar apenas um esporte. Eu não. Eis meus resultados:

Basquete: Matemática 25 x 17 Relações Internacionais (Hugo: 6 rebotes, 2 assistências, 2 pontos)

Vôlei: Computação 2 x 0 Relações Internacionais (Joguei pouco, pq o jogo começou enquanto o basquete ainda estava rolando Fiz só um ponto)

Handebol: Biologia 20 x 6 Relações Internacionais (Eu era o goleiro e joguei mal...)

Futebol de Campo: Direito 9 x 0 Relações Internacionais (Eu era zagueiro, mas, dadas as circunstâncias do jogo, eu até joguei bem...)

Isso foi só a primeira rodada...

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