segunda-feira, agosto 30, 2004

The weekend is dull but I like it.

Depois do fantástico post do Bilo (leia abaixo), fica difícil escrever qualquer coisa comparativamente boa. Então, já que o que quer que eu escreva aqui vai parecer ruim mesmo, vou ceder ao adolescentismo e fazer o post mais diarinho da curta porém gloriosa história deste modesto blog.

Sexta a tarde eu andei pela primeira vez no metrô de Brasília pra ir à fnac. Não sei se o metrô é economicamente viável aqui mas realmente facilita o meu caminho de casa ao céu. Além disso, metrôs são sempre muito viajantes. Passam sempre milhares de coisas na minha cabeça quando eu ando de metrô, mas eu nem vou tentar explicá-las aqui. Deixo a tarefa pro Bilo, q tb dá a pala no metrô. Td bem, o Bilo nunca dá conta de explicar nada tb, muito pelo contrário, mas pelo menos os textos dele fazem vcs leitores sentir(em) alguma coisa, o q já é alguma coisa. Td bem tb, ele vai falar mais da sua própria hipnose provocada pelas luzes simetricamente frequentes do sub asa sul que da minha catarse diante do trânsito de pessoas nos vagões (um transito “mt agito médio” se comparado com o de Sampa, mas ainda assim paloso/catártico). Mas ele é o catequisador, td bem novamente.

Enfim, o importante é a fnac. ¿Alguém consegue imaginar o que um nerd que vem de uma cidade pequena, medíocre e sem livrarias diante da diversidade informacional que tem lá? ¿Alguém tem idéia do que é uma pessoa que tentava mas não conseguia ouvir Wonderwall do Oasis (quando eles estavam no auge do sucesso, pq a música simplesmente não tocava em nenhuma rádio de uma cidade em que só pegava MTV na casa de quem tivesse TV a cabo, numa época em que TV a cabo era caríssimo, pelo menos pra quem morava no interior) diante de uma imensa variedade de CDs cujos 30 primeiro segundos podem ser ouvidos e avaliados? OK, as perguntas ficaram confusas, mas o ponto é que a possibilidade de ir a um lugar como a fnac sempre que eu quisesse era um dos meus sonhos de adolescente. Sim, eu sou nerd.

Encontrei com o Bilo lá e ele foi ver Eu Robô. Fiquei na fnac ouvindo os CDs. Passei um tempo conferindo coisas que eu conhecia de nome ou de poucas músicas. Muitos pontos para o Teenage Fanclub, Maroon 5, o novo do Strokes, Aimeé Mann, Stereophonics e mais alguns q eu não lembro. Isso foram as 2 horas do filme do Bilo. Nem consegui ver os livros na verdade. Fica pra outro dia.

De volta da fnac, ainda na escada de casa, encontrei na escada de casa com o Gustavinho q ia para o Friday’s tomar uma cana o Pablo. Fui tb. Alta litragem chopística e papos masculinos pra variar um pouco. Divertido.

Juro q não lembro o q fiz sábado de dia. De noite, festinha do João Vargas. Bem legal, tradicional 1 do REL. De lá tentamos ir para o 4A continuar na cana mas fomos surpreendidos (pq somos manés, claro) pela lei seca q fecha os bares em Brasília às 2 da manhã. Então, fomos beber na esplanada. Programa segundo grau, mas era ou isso ou casa. Bem legal, tradicional 1 de Brasília.

Medalha de ouro em flashes domingo de manhã. Tentativa de trabalho de dia. Dull stuff até o show do Jorge Benjor na Ermida Dom Bosco a noite. Muito bom! Um dos lugares mais bonitos de Brasília. Esquema popular, muita gente, todo mundo animado um clima bom que eu tb não descreverei por falta de talento.

Bem foi isso. Teve também a percepção de que meu lado nerd me abandona a cada dia, o que é uma droga. Meu computador será instalado amanhã. Espero que com ele volte a minha disposição para os estudos. Preciso fazer meu projeto de monografia e terminar de o PIBIC.

Pronto. Num post antigo eu disse que eu seria o elemento medíocre que equilibraria o blog. Agora todos os monges podem voltar a postar novamente, sem medo de atrapalhar a já prevista qualidade literária conferida pelo Bilo.

Vcs notaram uma mudança de estilo no meio do post? Não??!! Insensíveis... A primeira metade eu escrevi domingo, com a cabeça leve. A segunda na segunda, já com o peso da minha falta de disciplina massacrando minha já restrita criatividade. Então, vão lá, olhem de novo q vcs vão ver q tá diferente do meio pra frente.

sexta-feira, agosto 27, 2004

olhar e reencontrar

Entendo. Minha fé que eu tenha entendido. Hoje, por uma brevidade de minutos, você perdeu a mais rara cena possível de ocorrer comigo, e por duas vezes! Chorei um choro morno e comedido, mas andei conseguindo chorar.

[O Marcelo tá tocando Gavotta, do Villa-Lobos, a música mais bonita que um violão pode derramar... sempre que ele tocava, eu tinha um fascinante gozo de sublime, mas ficava ainda aquela bolota quente-fria-seco-úmida ali atrás do finzinho do esterno, quase estômago. Engraçado, eu já nem me lembrava disso mais, porque essa música passou a ser sua, sempre lembrava, sempre lembro do meu anjo âmbar. A bolota era uma lacuna, uma grota a mais no cuore, que só poderia ser rigorosamente preenchido por uma pessoa. E não poderia haver licença, permissão, assinatura... uma invasão sutil e irreversível].

É coisa demais para pouco tempo, imagino... por isso estive tão pressuroso, desértico, melancólico como um bom conto de Poe. Talvez porque não tem tanto tempo assim que descobri que sou inteiramente dependente de fazer um sorriso nas pessoas que gosto, não necessariamente conhecidas, mas que eu goste. Uma benevolência especial, feliz. Mas a qualquer preço. Agarrei forte demais um exato sorriso lindo seu que estava indo embora, e trazê-lo de volta me deixou meio abalado. Repara que eu estou me comportando como você algum tempo atrás: me sentindo um estorvo, um palha. Que fique bem claro que você não tem culpa alguma nisso. E explico o porquê.

De repente eu, que me queria ser anjo, passei a esquecer de me alimentar (literalmente) para manter vívida outra carne, e me fiquei de cara com tantas misérias minhas quanto caberiam num saco sem fundo. A primeira foi essa aqui, essa dramaticidade exacerbada, chata, inconveniente. No conseguinte o papel que sempre estivera disponível para arranhar aos olhos que quisessem toda minha verve de alegria, para arranhar à minha linda toda a querência que eu tenho... este papel a mim me tornou estranho, um talento perdido. Anos de esforço e de estudo não me valeram nada quando quis conseguir um trabalho. Horas de esforço e de estudo valem-me menos ainda para conseguir algum sucesso nas disciplinas que estou cursando. Pior mesmo foi ser traído pelos meus amigos, e eram meus amigos, de verdade. Isso doeu, está doendo mesmo. Eu só quero sorrisos, só isso. A pretensão tola e simples de ver felizes os outros que gosto. Andei me sentindo inválido como um palhaço num circo. Vencido, apesar de saber que eu não sou pior que ninguém, eu não sou burro, eu não sou ruim. E tudo que eu precisava hoje era de um lugarzinho meio ermo, um pouco de família, um cachorro lindo e boa comida. Com a sorte, ou Deus, eu não ouso diversão, menos ainda afronta. Se não era pra eu ir... não fui.

Peculiar: fiquei com a cabeça rodando na hora que você falou que estava muito estranho, melancólico, aquelas coisas. E fui indo pra casa, minha respiração embargando um pouquinho, os olhos ficando quentes, chorei. Daí um cara de cadeira de rodas me gritou do outro lado da rua, pediu pra ajudar ele a atravessar as ruas, por fim a L2. Tomei um susto, mas logo ajudei o cara. Por alguns instantes era como se eu tivesse recuperado minha audiência. Mas depois me contentei só em ficar feliz. A segunda vez foi enquanto eu te esperava, acho que foi por vergonha, ou então meu rosto só estava querendo combinar com a chuva.

Olha, me desculpa por estar tão sem graça, é que eu estava sentindo que podia chorar a qualquer hora, sua mãe teria ficado assustada. É só isso. Eu nunca tinha visto você me invadir tanto com um olhar, era estranho, me sentia pelado, mas ao mesmo tempo era bom. Depois você gelou e pareceu bastante irritada comigo. Me desculpa, por favor.

[Depois que o Marcelo acabou de tocar, todos os seus gostos e cheiros escorregavam pelo ar, cabeça, boca, nariz. Uma palavra me veio à cabeça, daí: borboletas].

terça-feira, agosto 24, 2004

4 com

monge catequizador


monge enrolador


monge inquisidor


monge original

segunda-feira, agosto 23, 2004

A Pray (respect it, then, fellow monks)

Descobri como postar imagens. Mas não carreguemos nosso blog a toa. Por favor, postemos apenas mulheres admiráveis ou imagens significativas. Quando necessário acompanhem uma explicação. Sim, nada de aceitar o mistério. Pq aí pesa o blog e a filosofia de R$ 1,99 afunda.

Testando com Cat Power

Insentível impensável

Nunca fui de ler poesia. Sempre achei um tanto inútil. Pq me parece um misto de estética com transmissão de idéias. Mas se vc tem a força visual da pintura e da fotografia e a capacidade de expressão da prosa, pra que poesia? Se vc quer expressar o q vc sente, pq não cria uma imagem ou explica tudo bonitinho em um texto. Poetas sempre me pareciam uma mistura de pintores frustrados com escritores incompetentes com pensadores preguiçosos. Isso até eu sair do segundo grau.

Na faculdade eu vi que o problema era meu, eu era preguiçoso e odiava ter q pensar pra entender poesia.

Nos últimos tempos eu percebi que o problema era na verdade a forma pela qual eu enxergava a poesia. Eu queria a poesia como a prosa. Algo para se entender e absorver intelectualmente as idéias contidas lá. Depois de ouvir, não entender e assim mesmo adorar muitas letras do Belle & Sebastian, vi que a minha relação com a poesia havia mudado sem que eu houvesse percebido. E que na verdade isso era (obviamente) conseqüência de mudanças mais profundas na minha forma de ver, ouvir, sentir, cheirar e até degustar as coisas, pq não?

A Marina Guedes e o Bilo sempre me enchiam pq eu sempre fiz questão de entender absolutamente tudo. Cada aspecto precisava ser compreendido. Nenhuma frase podia vir desprovida de significado. Tudo tinha que vir de algum lugar e levar a outro. Os mistérios eram males a serem combatidos.

Um pouco de maturidade e um namoro iluminador de um ano e meio me fizeram relativizar a importância da apreensão absoluta dos fatos e sentimentos. Em suma, passei a fazer algo que o Bilo sintetizou magistralmente (mesmo que não originalmente) em uma daquelas expressões publicitárias super carregadas de significados caso seu espírito esteja condicionado a retirar o que quiser de qualquer coisa. Passei a aceitar o mistério. Aceitar o mistério não é ignorar a compreensão. É só colocá-la em seu devido lugar. Perceber que muitas vezes mais se perde do que se ganha em tentar saber os porquês.

Aceitar o mistério é tornar mais tênue a linha entre o sentir e o pensar. Aceitando o mistério vc não se associa a um indiferentismo desumanizante. Ao aceitar o mistério vc continua ligado ao que te cerca, continua sendo tocado. Mas vc abre mão de saber porque daqulio para aceitar o que de alegria e dor algo pode te causar.

Ah, e eu tb tive que aceitar a dor como presente e inescapável pra ter condições de aceitar o mistério. Se se encara a dor como o inimigo a ser batido, aceitar o mistério é quase inconcebível. Aliás, era por isso que eu não entendia a Marina e o Bilo. “Que idiota dar mais uma brecha para a dor...!”. Hoje eu não acho mais que sofrer seja incompetência. É como respirar. E isso não é ruim. Nem bom. Só é. E isso não é indiferença. É só não superestimar a dor. É não odiá-la dolorosamente. Mas sentí-la (ou pensá-la) (ou os dois).

Recomendo. Aceitem o mistério. O Bilo também recomenda. Aceitem o Mistério. A poesia vai ficar mais bonita. Afinal a poesia continua híbrida. Mas aí vc fica híbrido também. Sentir e pensar vão se confundir. E aí a poesia vai ficar mais bonita.

Ah é, a poesia. Então. Me peguei lendo os 100 melhores poemas do século ontem. Gostei de alguns. Vou ler o resto. Aceitando o mistério. Aceitando que eu não vou entender todos. Igual eu não entendo as músicas do B&S. Igual eu não me entendo muito mais do que este post grande, chato e pretensioso dá a entender.

Aceitem o mistério. Mas só às vezes. Às vezes é bom entender tudo. Mas vou falar sobre isso em outro post.

sábado, agosto 21, 2004

o monge original

O bronze nunca foi a cor predileta do monge original, tampouco o furta-cor. Nem as mesclas coloridas. O chocolate predileto é puro, ao leite. Guaraná em lata, pet ou garrafa de vidro são absolutamente iguais. Demi-sec e brut são só bons motivos para mudar a cor do rótulo das chandon. As bolhas da chandon são exatamente atrevidas em uma caneca ou em uma taça. E um olhar de atenção torna todas as mulheres bonitas. Os olhos voyeur do monge original vêem o mundo em película, e tudo é rápido, e o metabolismo tem que ser breve, porque os olhos têm que tomar tudo. Mas a fé em Santa Inocência, e nossa disciplina regrada, deixaram o cabelo dele crescer, e também sua barriga, e tudo tem ficado tridimensional. Cláusula primeira: a distância de nosso nariz ao umbigo é a medida do mundo.

sexta-feira, agosto 20, 2004

le vent olympique

le vent olympique... eu me rendo!!! meu umbigo deixou minhas vistas também assistirem ao teto do meu quarto, ontem, e descobri que a sombra de meu ventilador de teto em seu substrato é uma perfeita coroa de louros, olímpica, cesariana, fantástica!!!

elas, derretendo

As simpáticas madrugadas em minha catonete, ali, logo ali, onde hoje moram os finos meu bar e por do sol, a riviera do demi-monde. Esses eram os tempos em que os monges se desenhavam, e nossa ordem ainda não se havia. E meu sono foi tomado pelos gritos das moças. Jamais teria nascido o naturalismo sem os gritos das moças. Essa coisa urbana, fantástica, gozosa. A sete palmos de mim, só o restolho da escória adiantava os relógios para o próximo néctar. E os gritos das moças, os murros na porta, e assim meu sono se foi, e da fumaça surgiu a ordem vinda de uma boca amarelada embrulhada em um cabelo que pedia algum cuidado, mas não àquela hora. Elas, derretendo... e através de uma fumaça sólida e áspera, carreguei meu honesto e simpático suor para coibir a fúria que fazia lacrimejar uma pilha de cadeiras esmeraldinas em chamas chorosas e coloridas. O luma nunca é lembrado, tampouco sua ardósia, e suas cadeiras esmeraldinas, que naquele dia morreram acorrentadas, sem reação, sem escapatória... fechei a torpe fumaça atrás de mim, e com o Ernesto, meu sagüi de pelúcia, tive uma longa e simpática conversa até o próximo sono, e nunca mais ele me falou...

quinta-feira, agosto 19, 2004

E aê, muleke doido!!

Meus amigos já sabem a minha opinião sobre o que eu vou falar, mas eu vou escrever pra não esquecer, fazer um web log mesmo, afinal é pra isso que o blog deveria servir originalmente.

É muito engraçado como os brasilienses são pouco interessados em pessoas. Na maioria dos lugares do Brasil (acho) a falta de educaçao é vc NÃO falar com as pessoas. Aqui parece q é o contrário. Parece que dar bom dia é uma ofensa pessoal. Estranho. No elevador do prédio onde eu faço estágio eu só recebo bom dia ou boa tarde de pessoas mais velhas (50+). Tranquilo isso, normal até. O estranho é que quando EU FALO bom dia eu raramente recebo respostas. É bizarro. Vc entra no elevador, topa com, sei lá, seis pessoas, manda um bom dia super simpático e recebe de poucos uns acenos de cabeça e de muitos o silêncio e o indiferentismo... Me parece que rola até uma relação de idade, estética e sexo com a taxa de respostas aos cumprimentos. Os 50+, homens e mulheres, sempre respondem (talvez por que nenhum seja brasiliense nato). Os 40ões e 30ões tb quase sempre respondem. As 40nas e 30nas gordinhas também. As magras (feias e bonitas) respondem às vezes. Os homens jovens respondem às vezes. As jovens feias respondem raramente. E as jovens gatas NUNCA respondem. E ainda fazem cara de más. É estranho. Custa falar bom dia? Estranhão.

Eu conversei isso com umas pessoas de Brasília e elas acham inconcebível puxar papo com alguém que senta do seu lado no ônibus. Em Resende eu era muito criticado por não fazer isso. Me achavam O freak. Aqui é normal não saber o nome do vizinho. Sabe-se o nome do cachorro do vizinho (que é gritado pela casa), mas não o nome do vizinho mesmo.

Isso leva a um ponto interessante, uma demonstração clara da forma pela qual os brasilienses enxergam certos aspectos das relações interpessoais: a expressão pejorativa fórça (isso mesmo, com acento agudo no o). Fórça é a pessoa que “força a amizade”, ou seja, que puxa conversa com desconhecidos ou entra em rodinhas que não são as suas. Aqui todos tentam não ser chamados de fórça. Perdem a chance de conversar com pessoas ou se penalizam por fazê-lo pelo medo de serem fórça.

É matematicamente negativo perder a chance de conversar com pessoas. E os brasilienses jovens parecem não pensar nisso. Porque a palavra força é pejorativa mesmo, sem qualificação.

Por que isso? Por que ser “difícil” e pouco sociável é educado em Brasília? Por que tentar conhecer e se aproximar de pessoas sem que se tenha algum vínculo social afim é quase um atentado à moral? Por que se mostrar disposto a gostar de pessoas pega mal?

Cidade estranha. Povo estranho.

P.s.: Tinha muito mais pra falar sobre isso e certamente alguns vão me entender mal. Mas eu to com preguiça. Outro dia eu refino o argumento.

terça-feira, agosto 17, 2004

A primeira lição de Atenas

Detesto ver futebol em Olimpíadas. Pode ser implicância, tem cara de despeito, chamem como quiser. Mas assistir futebol na maior festa do esporte mundial é perda de tempo.

Noventa minutos é muito para um evento só. O bom das Olimpíadas, creio eu, é justamente o imediatismo. Em um segundo pode-se ganhar ou perder uma medalha. Com dez, perde-se a chance de disputar a final dos 100 metros rasos – o recorde mundial é de 9s78.

Mas, devo admitir que o futebol – tão estéril de heróis olímpicos – deu a primeira lição dos jogos de Atenas.

Com uma equipe formada em sua grande maioria por atletas amadores, o Iraque por noventa minutos deixou de ser o país das bombas, das invasões, das atrocidades. Incrustados em uma guerra que nos faz questionar a sensatez do ser humano, o time respondeu em campo, com uma vitória de 4 a 2 sobre Portugal.

A guerra continuou no país. Mas os ataques cessaram durante a partida. A paz, mesmo que efêmera, teve noventa minutos. Nestas horas, o futebol tem suas vantagens.

quarta-feira, agosto 11, 2004

filet de parma

recebi por minha mãe uma peculiar comida, feita carinhosamente por minha tia Leni. Recebi várias dessa comida, e a cada garfada uma nova surpresa. Bom, chama-se filet de parma. Eh um peito de frango (eu acho, apesar de ser gigante) e um lado soh eh empanado (esquisito, neh?) Rola um molho branco muito gostoso, por fora, e dentro tem presunto e queijo, muito queijo. Os temperos ainda naum consegui identificar, mas saum a alma do tal filet. Tou esquentando mais um, agora, o último... restam poucas garfadas para resolver este mistério.

manoel narigais de souza martins

Não tive avós. Nada de permissivismos, de rédeas frouxas, de comida especial, de passeios especiais. Os tive uma em morte e o outro em fim. Manoel de Souza Martins, meu avô. Provavelmente avô, filho e pai de muitos outros lusos. Não é um luso nome criativo. Não era o mais criativo e esperto de todos. Mas foi meu avô, é meu avô. Para os incautos, sou filho de minha mãe, muito mais q de meu pai. Amo os dois. Sem dúvida. Mas sou neto dos pais de minha mãe, muito mais q dos do meu pai. Enfim. Um verbo mais sabido que o meu já disse que a ignorância é a mãe de todas as felicidades. O catolicismo, o suor, a humildade, o trabalho... tudo fica cheio de romantismo e de exemplo. Não tive avós. E tive sua educação, seu exemplo, esse doce semblante austero, narigudo, altivo. Eu os amo, tb. Aprendi a maturidade dos velhos. Sou velho. Tudo fica sintético, calmo e simples. E eu fico chato.

terça-feira, agosto 10, 2004

Batendo recordes de vagabundagem

Desempregado. Faculdade de Greve. Solteiro. Desesperado? Claro que não!

A partir de sexta-feira passarei 96 horas diárias ligado a tudo que acontece na cidade em que as estátuas têm barbas mais ridículas que a minha. Sim, Atenas me chama. Com quatro canais do Sportv, minha mãe fazendo comida todo dia e as aulas ainda distantes, tenho a chance de assistir à minha terceira Olimpíada.

De Seul, 1988, são poucas as memórias. A prata do futebol, o desespero do meu pai chegando da padaria correndo para ver a final do Judô, com o ouro de Aurélio Miguel... o deslumbramento da minha mãe com a superação de Greg Louganis, dos saltos ornamentais.

Em 1992, com 9 anos, pude ver mais e melhor. E vi os melhores. O maior espetáculo da Terra. Ainda não acordei daquele sonho que vivi em uma quadra de basquete habitada por Magic Johnson, Michael Jordan, Larry Bird, Clyde Drexler, David Robinson, Charles Barkley, Scottie Pipen, Patrick Ewing... todos fantásticos, mágicos. E todos ao mesmo tempo.

Atlanta foi a minha Olimpíada. Vi todas as medalhas brasileiras ao vivo. Estranho, não vibrei de forma sobrenatural com nenhuma. De certa forma, eram todas esperadas. Uma final brasileira no vôlei de praia, duas favas contadas na vela... e por ai vai. O revezamento 4x100 no atletismo e o hipismo - surpreendentes terceiros colocados, talvez tenham sido a ponta de emoção.

Sidney... o que foi Sidney? Enquanto o Brasil perdia para Camarões eu estudava as funções do parênquima paliçádico nas angiospermas. Não me esqueci daquele jogo. Mas não sei mais as funções do parênquima.

Agora, resta-me a pipoca, o sofá, e um estoque de suco de uva. De caixinha, claro. Não quero perder tempo batendo nada no liquidificador. Os atletas que se espremam por lá... batendo seus recordes e me fazendo esquecer dos meus problemas.

Olimpíadas

Mais 4 anos e chegamos novamente nas olimpíadas. Eu sempre fui histericamente fanático por esportes. Por todos. Acho que eu não ficaria entediado vendo um jogo de xadrez. Nas olimpíadas eu piro, pq tudo meio que se centraliza em esportes (tá isso é bem chato às vezes), esportes incomuns passam (menos do que eu gostaria) na TV e sempre surgem cenas emocionantes, engraçadas, heróis, gostosas-revelação, essas coisas idiotas que eu adoro sim e daí foda-se se vc me acha babaca por causa disso.

Desde Barcelona-92 eu passo o máximo de tempo na frente da TV vendo olimpíadas. Esse ano não sei o que fazer... Dia inteiro estagiando enquanto a olimpíada passa, exatamente em horário comercial. Ahm, tem umas coisas que começam à 4, 6... to vendo que vou aprender a acordar de madrugada. Enfim.

Quando eu era criança, eu me emocionava de chorar quando via umas fitas que meu pai gravou de uma série de programas sobre as olimpíadas antigas. Virou meu sonho participar de uma. Obviamente, eu sempre estive longe de ser um atleta de alto nível, então, sempre me contentei em ver. Esse ano nem ver eu vou. Só no fim de semana. Ainda assim, pela TV aberta, que só passa as coisas pop.

Alguém me empresta a TV a cabo? Ou entao melhor ainda, alguém me convida pra vegetar na frente da SPORTV em todos os fins de semana até o final das olimpíadas? Eu sou legal, limpo os pés antes de entrar na sua casa e levo umas cerva ou ajudo a cozinhar. Meu macarrão é gostosinho. Sério! Pergunta pro Mário e pras meninas da PNC que eles te falam.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Dream Job

jobs @ orkut.com 8/4/2004

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Pena q é para native speakers.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Semimimetismo

É um clichê, eu sei, mas eu não me canso de admirar o tanto que é esquisita a forma pela qual as pessoas se influenciam. Falo das influências involuntárias, não deliberadas, de quando vc só existe e isso faz uma grande diferença pra alguém(s).

Sinto (não sou muito bom nisso, talvez eu esteja enganado) que o último e ótimo post do Illimani foi influenciado pelo que eu escrevi sobre solidão. Nuuunca imaginaria que aquilo fosse tocante de alguma forma. Algo semelhante aconteceu a uns meses, conversando com uma amiga, que de repente começou a chorar enquanto eu falava coisas que me pareciam absolutamente normais e bobas. Foi um dos marcos iniciais da minha inédita fase de alta auto estima (auta estima? gostei...), perceber que eu posso ser mais que um bom ouvido (o que sozinho já é bom, mas às vezes não me basta) e que eu posso emocionar pessoas.

O fantástico Orkut me possibilitou encontrar uma menina por quem eu era apaixonado na oitava série, fase realmente muito ruim da minha vida (se andam querendo me bater hoje, naquela época... aiai). Como bom tímido eu obviamente não demonstrava nada, ela não desconfiava de nada, acredito, e ela, simplesmente por ser ela, determinou muitas coisas na minha personalidade, principalmente na forma pela qual eu encaro as mulheres, claro, mas também na minha relação com as pessoas em geral. Eu gosto de quem gosta de mim. Isso me deixa bobo. Demonstrações de afeto direcionadas a mim me fazem perdoar até falhas de caráter dos outros, o que nem sempre é bom. Atenção então me derrete. Se a pessoa estiver de fato ouvindo o que eu estou falando, com olhos atentos, eu fico idiotamente feliz. Isso faz com que eu goste de pessoas que costumam gostar das outras em geral , salvo raras porém importantes exceções. Além de muitas outras implicações que não cabem nesse post já excessivamente longo, que por isso poucos lerão, como de praxe na maioria dos blogs.

Não me lembro de gostar tanto de afeto até as caminhadas e os longos papos nas ruas tristes e sujas de Resende depois da aula de inglês em 97, com aquela menina sempre atenta ao que eu falava, olhos azuis bem abertos e receptivos. O sorriso torto que dizia que adorou a música que eu havia indicado na.... ahhh, devaneios...

O ponto é que hoje ela está lá feliz da vida virando dentista em Sampa e certamente nem imagina que uma vida é hoje absolutamente diferente por causa da simples existência dela. Tirando meu pai e minha mãe (claro), ela é a pessoa cuja influência na minha personalidade eu identifico mais claramente. Graças a ela eu tenho expectativas baixas. Graças a ela eu tenho um diferencial que eu reconheço e gosto. Graças a ela hoje eu tenho medo de morrer.

E ela nem imagina. Existe alguma forma de saber? Será q eu fui importante assim pra alguém sem saber? Como isso se processa, psicológica e socialmente? Quem se habilita a escrever um poema sobre isso? Ou uma música? Será que treinando nesse blog eu vou conseguir um dia expressar com palavras o que eu sinto e chego quase a pensar?

Pq, apesar dessas muitas palavras do post, “that wasn’t (exactly) what I meant to say at all…”

quinta-feira, agosto 05, 2004

Nova seção

À esquerda, links recomendados pelos monges.

I may be paranoid, but not an android

Eu sou meio estranho mesmo. Tava tentando entender porque eu não consigo estudar no meu quarto. Eu me concentro mais na sala, com o Bilo vendo TV e comentando os comerciais q no silêncio sepulcral do meu quarto. Acho q é pq o silêncio me lembra exatamente uma catacumba (mesmo nunca tendo ido a uma). Não gosto de me sentir desligado do mundo. Vai que acontece alguma coisa séria e eu não fico sabendo? Com pessoas em volta ou com a TV ligada, eu vou logo saber caso a Usina de Angra exploda ou caso um asteróide gigante caia na Terra. Sozinho no meu quarto, em estado de desconexão, ou vou ser o corno, o último a saber. Claro, minha curiosidade é bem mais fútil e possível que esses exemplos, mas que o silêncio tem som de morte isso tem.

No momento autofeliz que eu atravesso, estou com muito mais problemas em estar sozinho q em estar solitário. Não preciso interagir, só ver que algo acontece ao meu redor. Se vcs conversarem entre si perto de mim, já tá bom, "my joy will be complete" nem precisa falar comigo. Mas não sumam, me deixem vê-los, saber que vcs existem.

Ah, e me contem as novidades, claro, se elas forem interessantes.

Boteco, não! Pizzaria... e de shopping!

Nada contra, nem a favor, muito pelo contrário.

A pizzaria de um shopping habitado por ninfetas e patricinhas, quem diria, tornou-se antro de pseudo-filosofia sobre a condição humana. Desperdício. A mesma discussão caberia em um boteco apertado, com poucas mulheres, todas mais feias, interessantes e talvez menos cheirosas.
Versando sobre a natureza estranha das pessoas, baseados em exemplos recentes e antigos, todos na mesa cessamos a discussão diante de uma frase que soou como ponto final.

“Adoro os humanos. Mas é tão difícil achar um”.

Também, nem procuro mais.

meu luto

A tristeza hoje está morta, e deixou uma memória e um luto irreprocháveis. Hoje, só por hoje, me esqueço de ser iconoclasta, e ergo fotos e fotos para tentar ver com os olhos que estão mortos. Hoje, só por hoje, o olhar está morto, e o mundo volta a ser todo colorido. Memento Cartier-Bresson...

quarta-feira, agosto 04, 2004

Enjoy Incubus!

Tinha esquecido o tanto que Incubus é muito bom!

pastos enormes

Faz-se por aí alguma paragem. Mas sempre terá uma flor estendida em sorriso pra mim. Pelo menos eu tenho que acreditar nisso. Eu tenho.
Sempre
me fiz dessas verborragias do coração. É o que me cabe de melhor. Mas nesta cidade de horizontes tão tão, olhar para os meus pés enquanto caminho já é evolução. E como. O que quero dizer é que esta cidade me toma de rédeas métricas, de tercetos, quartetos e parnasianismos afins. Não que não goste. Mas bem que esta cidade podia ser de ares mais viscosos. Viscosidade.
Dois anos e meses alguns e quebrados. Brasília. Horizontes ainda tão largos que o coração bate
sem eco. Batia. Cercada sempre fui de metodismos, maneirismos, jeitismos, fluismos. Coisas de um universo abstrato de modernismos em solidariedades atrozes.
Me chamam por Tarsila. Alusão a alguma mente pop-prostituta de décadas atrás. Mentres e ventres, fizeram-me moça incauta, plena e perfeita, e com um coração que pulsa sem eco. Pulsava.
Num desses templos de fascínio e pseudo-sabedorias, brota em estado inédito, altivo e alto, sorriso não de dentes, não de escárnio. Um sorriso de humano, de alma. Queria que meu. Meu sorriso em flor. Plena que me fizeram, os olhos dele não precisam de muita força pra me atravessar, me fazer em arrepio, viço novo, punho cerrado.
Estou aí, cercando minhas duas décadas, e agora parece que sou fêmea, mera mulher. Mulher. As paredes se transformam pelas quartas dimensões. Quando me sinto mulher é que me volto criança, só que agora estou protegida, não por ele, mas por meus cabelos, meu corpo, meus minhas. É verdade que sempre houveram olhos em mim, vários, nunca vistas refinadas. Só que a vista dele me cuida de preocupações. Obtuso, ele de quando em vez me traz verbos estranhos, vastos e negros, traz pra nós um contexto deveras enorme pra mim.
Por que ele me faz vazia quanto mais me ocupa, me cerca?
Reflexos dessa cidade.
Ela nunca teve flores.
Nem


tarsila

De manhã, com a cabeça devagar. Compreendam.

Todos os monges presentes e participantes. Muito bom. Agora temos um blog coletivo, apesar da falta de coerência entre os integrantes. Por enquanto o mosteiro é um balaio em que cada um escreve o que quer na hora. Mas talvez com o tempo nós possamos ganhar coordenação.

Como vcs podem ver, eu não sou de escrever em prosa poética ou elaborar na linguagem, por duas razões simples: falta de vontade e falta de talento. Então, eu vou ser conhecido como o "cara que escreve mal". Beleza. Um dia o Bilo falou (acho que falou) que todo grupo precisa de um medíocre pra não se desfazer sob o peso dos egos dos outros. Isso faz muito sentido (faz. não vou explicar. se vc não entender, problema seu). Então eu sou o elemento de coesão daqui, até porque eu sou o administrador do blog e não posso ser deletado. Eu q fiz o template também. Ah, e quanto ao template, eu estou orgulhoso dele, achei bem bom, portanto não quero críticas, só comentários elogiosos e sugestões para torná-lo ainda melhor (com explicações e códigos necessários, por favor). Criticar os posts vale. Criticar o template não.

Ontem eu dormi antes da meia noite. Há meses isso não acontecia. Foi até bom. Recomendo. Tenho que fazer mais isso.

terça-feira, agosto 03, 2004

o monge thiago

Este é o monge pluricelular, errante por teimosia e adotivo por compaixão. Juntos participamos, nos tempos de Piquilândia e colégio Dinâmico, da mórula-tronco q um dia seria este mosteiro, e q antes era povoado de sórdidas mentes e chamava-se Caiacanga. (Thaís, o thiago é amigo da letícia, a Tish...). Absolutamente tarado por fórmula 1 e por pão com manteiga, conservador-libertário e devoto do churrasquinho do pedrão, ele volta das trevas purificado para nos (des)agraciar com seu verbo. Deus o abençoe, meu filho!

o adendo acnur

conheci tb o acnur, e deparei-me mais uma vez com essa amiga tão quicante, tão adorável e tão ruiva q é a Thaís, cujo esporte em voga é esculhambar o bilo alheio. Amiga thais, adorei conhecer seu trabalho e sua cara de tou-fudida-sem-dinheiro-e-fudida... hehehehe

ontem

Diário de ontem: péssimo dia, péssimo dia! Mas enfim conheci o PNUMA, onde o monge original espiona o globo para nós. Um ambiente tão calmo e simpático que fiquei ressabiado de um ursinho carinhoso saltar de algum canto a qualquer momento. Estive lá pq lá eu estivera hora antes e não me lembrei de buscar com o Hugo a chave de nossa Casa dos Moço, pois ali a minha deitava em gozo em alguma fechadura qualquer. Gastei 8 reais em ônibus, ontem, sensacional! E tb levei minha febre de 39 graus para passear pela Asa Norte. E não vendi nada, devo ressaltar! Nada!!!

monges

Um pluricelular, um fractal, um plano, um coração, uma dúvida, uma enrolação, um amanhã, um hoje, um ontem, um tempo, muitas belezas, nove, pra ser exato, e somos todos monges...

Houston, we have a problem

Eis que de repente, e não mais do que de repente... munido de trocadilhos, anedotas de mau gosto e chavões aos baldes, surge mais um nefasto integrante do Mosteiro de Santa Inocência.

O convite, irrecusável, veio acompanhado de uma tarefa difícil: definir-me em uma palavra. Estranho, mas não foi tão complicado: uma palavra com muitos significados, talvez... depois de alguns neurônios carbonizados (creio que os últimos da geração mais recente) surgiu o termo biologicamente correto: pluricelular.

Muito melhor que cosmopolita, eclético ou coisa assim. Até porque não sou nem eclético e menos ainda cosmopolita. Mas sou pluricelular. Não tentem entender. Quando o fizer, prometo que explico.

o verde

Pois está morrendo o verde. Te contei isso antes? Morrendo, sem a delicadeza da despedida nem o luxo do esvair. Sobrava ainda uma simpática ilhota, não pujante, mas viva ainda, naquele imenso campo de futebol que gira um lado e gira o outro, mas são só os carros que puseram de platéia ali, no dito Eixo Monumental. O vento sopra um sol ríspido e mal-humorado, seco e bronco, bruto e tosco. Traz o frio e assim o leva, como faz um homem com o amor de uma mulher, assim veria uns olhos azuis mais sábios que os meus. O inverno é todo o meu amor, discreto, pervasivo, trôpego e frio que vai e frio que vem. Eu amo...

mosteiro

Monges devotos de Santa Inocência, uns unidos sob o teto de hoje, outros pelo pretérito, e todos pelo verbo.

Disciplina with lasers

Beleza... são 2:48 da manhã, eu tenho q estar no estágio amanhã às 9 e continuo aqui a toa, fuçando a internet atrás de nada. Eu entrei meia noite só pra checar o e-mail e ver se tinha alguma coisa urgente. Nunca tem, ainda mais agora q AMUN, SiNUS e afins are gone. Mas acostumar com essa falta de urgências vai custar. Enfim, o fato é que obviamente eu fiquei orkuteando um tempão e só fui olhar no relógio agora...

Mas valeu a pena pq eu fui seguir a dica do Bilo e checar a tal da pala coletiva das comunidades "__________ with lasers" do Orkut. É realmente muito estranho. Comunidaddes de em média 50 membros com nomes como "Maluf with lasers" cuja foto é o Maluf com uns lasers saindo do olho. E tem dezenas de dezenas delas, desde recém ícones pop como o Limecat e o Seu Madruga with lasers, passando pelo Charles Bronson e o Tony Ramos with lasers chegando aos mais bizarros como a Hot Asian Lesbians with Lasers e a Laser Nipple Jesus (todas com as fotinhas com lasers saindo dos olhos, menos na do laser nipple jesus, cujos lasers estão, obviamente, saindo dos mamilos do jesus). Não consegui entender ainda. Amanhã, num horário de gente civilizada, vou entrar nas comunidades pra ler o que as pessoas escrevem. Digitem lá "lasers" na parte de busca de comunidades e vejam (preguiça de colocar links). Depois me expliquem, por favor.

Sim, eu perco tempo com essas coisas, mas eu acho divertido, até pq se eu não estivesse com tanto sono, eu não ia conseguir dormir de curiosidade.

Aliás, eu tenho q parar com esse negócio de só dormir quando estou absolutamente exausto. Também preciso de um Butterfly Effect pra reencontrar o ponto do passado em que eu esqueci minha disciplina. Já fui bom nisso. Eu falava, vou fazer x e fazia x, não y e z como hoje. Vou colocar lasers na minha disciplina. Quem sabe ela fica mais forte e volta a dominar a preguiça e a curiosidade pelas idiotices da modernidade desocupada?

segunda-feira, agosto 02, 2004

Me, myself and my balls

Três coisas sobre mim: 1º. je suis une lesbienne aprisionée dans le corps de cet homme, 2°. je suis le vent, je suit le vent e 3º. não falo francês.

Musiqueiro Wannabe

ah, eu tb vou dar sugestões de musiquinhas aqui. Um CD q eu não parava de ouvir até emprestar pra Caju é o "Dear Catastrophe Waitress", último do Belle & Sebastian. Rock light e felizinho (mais no som q nas letras), é bem legal principalmente pra quem não os conhece.

Vcs querem nos ver? Ahmm, tá... Eu quero que vcs nos vejam?

Agora falta a coragem. Rola um medão de publicizar as coisas que eu penso. Ei, mas pq o blog então? Talvez justamente pra encarar a possibilidade de que opinem sobre essas coisas. É, acho isso vai me fazer bem. Com o Bilo postando tb o blog vai ganhar em qualidade "literária" e eu vou resistir à tentação de transformar isso em diarinho. Veremos no q vai dar.

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