sábado, outubro 30, 2004

JiUnBs - História de um fracasso, parte 1

Encontrei o monge Hugo no Centro Olímpico hoje e a idéia surgiu naturalmente: vamos postar aqui a coletânea de nossas derrotas nos JiUnBs, os Jogos Internos da Universidade.

Como perdi a inscrição do tênis e não há badminton (ainda) nos JiUnB´s, me atrevi a jogar basquete depois de uns dez anos.

O resultado, óbvio, foi excelente. Excelente para o time das Ciências Contábeis, que ganharam da gente por 30 a 17. Dei uma assistência, arremessei duas boas e errei as duas. Enfim, ridículo.

Lições do dia:
- Se o time treinar, pode ser que melhore
- Badminton é o esporte da minha vida. Basquete seria, se eu medisse 2,30 m
- Acho que o dia não teve tantas lições assim

segunda-feira, outubro 25, 2004

Podem apedrejar, eu aguento. Mas é o q eu acho!

Muita gente diz que o ciúme é um indicador de que uma pessoa gosta da outra. Não poderia discordar mais. Pessoalmente eu acho que ciúme não é uma relação entre duas pessoas. É algo entre o ciumento e o mundo exterior. É medo de perder. Não de perder a pessoa querida, mas a perda pela perda em si. É o ego ferido da possível derrota.

Uma derrota para uma circunstância é (para a maioria) pior que a derrota para uma pessoa. Se o problema que de fato envolve o casal, que é não se estar mais com a pessoa querida, está presente nas duas situações, por que é pior perder para alguém do que perder para uma circunstância? Afinal, a pessoa querida não mais estará com vc, e a razão disso não deveria importar. Para o ciumento importa. Mais que não estar com a pessoa, importa o porquê de não se estar com a pessoa. Saber que a pessoa querida está com outro machuca mais o ciumento que não estar com a pessoa querida. Na verdade, para os mais ciumentos, não importa se a pessoa de quem se gosta está longe. Desde que ela não esteja com outra pessoa. Desde que não haja derrota para um igual.

Por isso eu acho que ter ciúme não significa gostar do outro. Significar gostar doentiamente de si próprio. O ciumento é um grande egoísta, que se preocupa mais com a própria derrota para outras pessoas do que com o bem de quem ele diz gostar (tá, tudo bem, com o bem de quem ele gosta).

sábado, outubro 23, 2004

Benefícios do Blog

Criei esse blog pq eu adoro ler blogs. Descobri várias coisas com blogs. Retomei uma certa cultura que eu havia perdido por causa da faculdade. Redescobri o prazer que eu tinha quando eu escrevia na adolescência, só que agora meu personagem sou eu e o melhor é descobrir que eu ainda posso me surpreender muito com esse personagem tão conhecido e tão subestimado e detestado por um longo tempo.

Chamei os meninos mais por insegurança do que qualquer outra coisa. Queria que as pessoas nos lessem e achei que a profundidade sempre brilhante do Illimani, o lirismo paloso do Bilo e a cultura pop invulgar do Thiago pudessem mascarar minha falta de qualidades claras. Achava, na verdade, que eu seria um coordenador, quase um técnico pra veicular as coisas deles.

De repente tenho uns comentários legais nos meus posts, dos próprios monges, do Rafa, da Tess, pessoas legais, meus amigos que me conhecem e que comentam já a partir de uma certa noção da minha falta de noção.

Pessoas que enxergam pontos insuspeitos até pra mim em meus posts. Às vezes eu apenas cuspo alguns sentimentos tosquinhos e algumas pessoas acham o que foi escrito bonito ou tocante. Isso me faz muito bem. Talvez nem tanto os elogios, mas a preocupação, a atenção com o que eu escrevo.

Descubro que colegas que me conhecem pouco lêem o blog e gostam dos meus posts. Isso me faz ainda melhor, pq aí eu percebo que os posts podem ser legais em si, não só por serem posts de um amigo.

Faço uma possível amizade essencialmente bloguística. E pouco depois surge a primeira comentadora desconhecida, a Hellen, que, aliás, tem um blog excelente. Acho isso exceleeente.

Tudo isso me fez muito bem. Cheguei hoje em casa triste porque o último dos grandes fantasmas continua aqui, segurando minhas pernas e arrancando minha língua. Ele ainda me machuca, apesar de estar mais fraco. Ninguém no msn, entro no blog. Comentários novos me deixam feliz de novo. It is always worth living at least for a while.

Estou com sono demais. Não vou conseguir dizer tudo o que eu penso, outro dia eu completo. O fato é que este mosteiro realmente te sido abençoado pra mim. Me impediu, hj, de dormir no escuro.

Bem bem, the words are coming out all wierd... por favor, entendam minha afirmações categóricas como perguntas e as perguntas também como perguntas, não quero explicar, só entender...

Pela primeira vez em meses eu quero dormir. Acordar amanhã, cumprir com algumas obrigações e voltar a dormir... the words are coming out all wierd...

Tanto a dizer, tão fracos neurônios, tão pouca criatividade, tanto sono...

Música do post.: The Bends – Radiohead

sexta-feira, outubro 22, 2004

Casual Friday

Usar calça jeans, tênis e camiseta numa sexta feira fria e nublada, porém sem chuva faz milagres pelo meu humor. A vida parece cheia de oportunidas quase facilmente aproveitáveis (bem como eu gosto), o trabalho fica mais interessante e Janeiro me aparece como um mês de boas novidades.

It is always worth living (at least for a while)

Música coerente só em certo sentido e só pra quem a entende igual a mim do dia: Asleep on a Sunbeam – Belle and Sebastian

quinta-feira, outubro 21, 2004

Pseudopsicofilosofia em promoção. vale R$0,99, já com impostos incluídos

Ainda não sei porque, mas algumas pessoas têm a capacidade de me fazer sentir muito burro. Essas mesmas pessoas têm a capacidade de me fazer sentir muito inteligente, quando eu falo algo que elas acham interessante, especialmente quando elas sacam referências nas coisas que eu falo, ou quando eu percebo as referências nas coisas que elas falam. É interessante isso, eu acho. Eu certamente atribuo a essas pessoas algum valor superior, algo como "se ela(e) q é tão esperto me acha legal, eu devo ser", mas ao mesmo tempo eu me cobro como requisito mínimo ser interessante para essas pessoas específicas (que aliás são poucas), o que me parece algo contraditório.

Algumas amigas minhas têm a triste sina de gostar de quem não gosta delas. Aquela velha história do "se tá fácil demais eu não quero" ou do "mulher é igual chiclete, quanto mais vc pisa mais ela gruda no seu pé". Isso é uma coisa que me intriga, porque eu acho que se a pessoa não quer nada, pow, manda ela se fuder. Pq, em geral, no caso das minhas amigas que são assim, sempre tem fila indo atrás. Ah, tá, mas se estiver indo atrás não tem graça... ai ai... I will never understand you, when will I stop trying?

Me parece que há uma relação entre esses dois fenômenos. Um mecanismo psicológico único que faz com que, em situações românticas ou não, A sinta-se se realizado ao lado de um B que pode potencialmente fazer A se sentir mal. Se B (que tem todo o poder de decisão nas mãos) decide permanecer com A, A acha que está fazendo algo de excepcional para merecer tal escolha, sente-se atingindo um objetivo, com o ego inflado e fica feliz. Se B decide não permanecer, A acha que fez alguma merda, se martiriza e torna-se procupado com (ou até obcecado pela) atenção de B.

Relendo o post eu percebo duas coisas: 1) eu tenho uma capacidade interminável de dizer obviedades 2) caralho, eu coloquei relações românticas como um jogo de poder e ego... ou eu estou muito cético mesmo e falando coisas que além de óbvias são míopes ou então eu tive uma boa idéia e as pessoas são, como eu, muito muito frívolas...

Relendo de novo eu percebo que não deveria postar pela manhã. Mas como eu já escrevi isso tudo, deixa quieto. Se vc teve saco para ler tudo, parabéns pela paciência, vc é quase um buda.


quarta-feira, outubro 20, 2004

Momento teenager

Eu sei q é muuuito teenager mas eu preciso escrever isso, assim como a feira de acari, deu no NY Times.


POWERED BY RESENDEAN (ENRICHED) URANIUM!!!!


Pronto. Passou o momento teenager. Pelo menos o momento teenager consciente.

terça-feira, outubro 19, 2004

Sinal

Loong time no post... Pensei em vários temas para posts talvez interessantes esses dias, mas faltou inspiração e/ ou tempo e/ou os dois pra escrever. Na verdade eu superestimei os temas e achei que eles exigiam um grande talento, o qual tem irritantemente se mantido afastado de mim por duas décadas. Bem aí vai o índice de temas possíveis

Competência Profissional
Formas pelas quais as pessoas nos fazem muito bem, obrigado
Adertrando o desconhecido: mitos, lendas e apertos do peito
Adolescentismo
PingaFest
Kings of Convenience

Pode ser que surja um post sobre um desses temas. Ou não.

terça-feira, outubro 12, 2004

Slap in the Face

Muito estranho precisar de atenção. Como a inveja, é raro as pessoas admitirem a carência. Chamar alguém carente é uma crítica séria ou então uma expressão de pena.

Eu não ligo, eu vivo carente, td mundo que me conhece sabe que eu vivo precisando do ouvido dos amigos pra não surtar.

Aí, nesses casos, realmente não tem nada mais revoltante do que conversar com alguém que vc gosta e ouvir entre os “ahams” típicos da falta de atenção as teclas do computador digitando a conversa com alguém provavelmente mais interessante que vc...

Esses casos tem até trilha sonora. Olha só que rolou depois desse acontecimento escroto na minha vida de retinas tão autofatigadas:

- Rafa, vc tá vindo pra cá ver filme tb?
- Tô sim.
- Então trás meu CD da Cat Power aí.
- Blz, mas pq a lembrança?
- É que eu fiquei mei deprê e tô afim de cortar meus pulsos de uma vez.
- Hahahaha


Ouça Cat Power e entenda.

segunda-feira, outubro 11, 2004

Girl Next Door

Se vc gostar de filmes água-com-açúcar e tiver sido um nerd loser na adolescência como eu, esse aqui é obrigatório. Se vc exigir poucos requisitos para ficar alegre por uma hora e meia também vale. Se vc for um chato anti-hollywoodiano... bem, boa angústia com os filmes que vc gosta (tá, eu gosto quase sempre desses também...)

Aliás, eu gostaria de entender porque eu sou tão flexível com filmes. Eu raramente acho um filme ruim, especialmente quando eu vejo no cinema. Acho q eu sou o único ser humano com mais de 2 neurônios que gostou de American Pie 2. Ou será que eu não tenho tantos neurônios assim? Ai meu Deus, mais um autoconceito a ser revisto? Isso já tá me cansando...

domingo, outubro 10, 2004

Escolha

Em um de seus vários posts excelentes, a Srta. K. tratou (pelo menos eu entendi assim) com maestria de um assunto que tem ocupado meus pensamentos esses dias.

Eu sempre fui muito cioso da racionalidade das minha atitudes. Me martirizava quando percebia qualquer incoerência, quando na verdade meu problema eram as premissas. Aí, quando minha vida passou a me surpreender fortemente, a me provar todo o tempo que eu estava errado em quase tudo o que eu achava de mim, eu fiquei sem uma base a partir da qual construir meus conceitos/ações/paranóias. Tenho agora duas alternativas: recriar toda uma base de idéias a partir da qual desenvolver minha vida baseada em ações racionais ou aceitar o mistério. Claro, exclua-se disso minha vida profissional que no momento concentra toda minha disciplina e racionalidade. Bem, acabei mais por preguiça que por vontade tendendo a aceitar o mistério. Minha vida pessoal anda bem oscilante, com mudanças bruscas de atitude e opinião.

Menor problema não é? Se der merda, o problema é meu certo? Pois é, aí chega o ponto no qual o post da Karina foi bastante inspirador. Eu sempre tive dificuldades para fazer outras pessoas sofrerem, principalmente porque eu nunca me achei em posição de deixar quem quer que fosse sofrendo por uma atitude minha. Esse é um conceito que mudou. Ao mesmo tempo em que eu percebo que eu posso ser a causa da felicidade ainda que momentânea de diversas pessoas, eu percebo que também (e talvez por isso mesmo) eu também possa deixar as pessoas mal. Óbvio? É, com certeza, mas eu achava que comigo as coisas eram diferentes.

O fato é que eu temo que a minha inconstância atual possa arrastar os outros tb. Pra cima ou pra baixo. Mesmo que eu não queira isso. Mas não é o caso de machucar sem querer. Quer dizer, na verdade é sem querer, mas não sem perceber o que se está fazendo. E isso me deixa mal. A Karina chegou na fase de perceber que todo mundo machuca, "mas alguns socam mais forte". Eu acabei de perceber que, apesar de não socar mais forte, eu me incluo no todo mundo que machuca.

A dúvida é: só porque é normal não tem problema? será que ainda assim eu não deveria continuar a gastar boa parte da minha energia cuidando de não fazer mal a quem me cerca? Responder é difícil. Mas eu sei que eu não posso mais definir minha escala de preferências de acordo com a minha capacidade de fazer as pessoas que eu gosto felizes. Pq nada é mt exato, ainda mais agora que eu ando meio sem rumo, sem a dureza das minhas razões eternas nem tão eternas assim.

Todo mundo machuca. Eu também. Foda sentir que isso é verdade. Pior ainda é perceber que muitas vezes, ao evitar machucar os outros, vc machuca a si mesmo. Então não adianta se esforçar pra evitar, pq na melhor das hipóteses quem sofre é vc mesmo. Eu decidi de uma vez que eu vou parar com isso de sofrer pelos outros. E de sofrer pela dor que eu causo. Pq se eu me recupero, todo mundo se recupera não?

Ah, não se esquecam de não levar muito sério o que eu escrevo aqui. Pode ser qua na hora em que vc estiver lendo, eu já tenha mudado de idéia.

P.s: Para as pessoas que se importam, apesar do to meio q deprê do post eu continuo muito feliz. É que é meio nada a ver eu falar coisas como "hj, no trabalho, foi tudo de bom" ou "tive uma papo ótimo com o Bilo lá em casa".

quinta-feira, outubro 07, 2004

Upgrade

Já que a produção anda baixa por aqui, vou promover um comment do Bilo à categoria post. Contextualizando, eu fiz um post q, entre outras coisas, contava q eu fiquei viajando com o metrô no dia q fui pra FNAC com o Bilo, mas não tive as caras de escrever uma descrição. Aí deixei pra q ele a fizesse e ele fez nos comments. Aí está, portanto. Ah, se vc fizer questão de entender, tem q ler o post antigo.

"tuntstuntstuntstunts... tun-tun-pá-pa-tun-tun-tun-pá... metrô sacode sacode sacode sacodeeeeeeeeeeee. adendo... alguém jah passeou na estação 114 sul? Meu, a estação eh quatro vezes maior q a da rodoviária... e o mané do pablo ainda andando de azeitona. Velhinho, taum te esculhambando no gdf, knock knock!!!! Detalhe, o vagão do metrô é maior que a casa dos moço, até o pé direito... impressionante. E nem paga condomínio... e tinha um casal de lesbian-teen tirando fotenhas, cute cute... aliás, naum era soh eu q estava viajando na simetria tunts-light... sacode sacode sacodeeeee... uma senhora q baba um sonho torpe, pétreo. Um estagiário metido a executivo com seu celular que foi pago nas mesmas 10 parcelas q o meu... e dois monges viajando, falando merda, acionando os parachutes...
I, Robot, recomendo fortemente... filme intertexto e intercódigos, entaum, assistam iniciados, belesma?"

Ah, e teve um comment meu sobre o comment-agora-post do Bilo.

"c pira q o casal de lesbian teen pegou um daqueles carros que vão da rodoviária pra L2 comigo!!! Elas lembraram de mim do metrô, puxaram papo comigo, mor simpáticas."

Mosteiro for Dummies

Muitas pessoas (muitas q eu digo é uma porcentagem alta das pessoas q lêem o blog, não muitas muitas, strictu sensu) não leram com a atenção devida os primeiros posts do blog e vieram me dizer que não sabem direito quem escreve o que. Então, resolvi fazer um glossário. Porque aceitar demais o mistério cansa.

Hugo – Hugo, Monge Original
Luis Alberto – moine le vent, le vent, Bilo, Monge Catequisador
Illimani – moine demoura, demurrá, persona, persona non grata, personne, Monge Inquisidor
Thiago - Thiago, o enrolador, Monge Enrolador



terça-feira, outubro 05, 2004

Cuidado!

Gente, cuidado ao comentar hein? Tudo bem que a gente não posta nada sério aqui (até pq, imaginem eu e o Illimani contrapondo nossas opiniões acerca da racionalidade nas Ciências Sociais... q legal hein?), nada que suscite debates mais polêmicos (no máximo algumas ofensas musicais cometidas por hereges, mas tudo bem, aprendi a relevar, deus sabe que eles não sabem o que dizem), mas vai que um de vocês se empolga diz alguma coisa comprometedora.

Tô dizendo isso pq achei surreal essa história.

sexta-feira, outubro 01, 2004

Bad... what?

Eu sei, eu sei. É estranho, bizarro e desconhecido de 93,47% dos brasileiros. Mas acreditem: Badminton é um esporte legal. Legal, não. É um esporte excelente.

Mas o que é Badminton?

Vamos começar do começo, certo? Alguém lembra daqueles "kits" de tênis anos 80? Duas raquetes de plástico, uma vermelha e outra amarela, uma bolinha e um negócio que ninguém sabia o que era. Uma petequinha. Isso, aquilo é uma peteca de Badminton.

O básico todo mundo já sabe, agora.
A série "Aprenda Badminton em 73 lições reduzidas" continua depois do intervalo.

ID

Esse cartun do Allan Sieber traduz direitinho a minha semana, em especial ontem e hoje... Isso vai acabar, ah vai...

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